Os Maias desenvolveram diversos calendários. Entre os mais utilizados estão o
Haab, baseado no Sol (Kinich Ahau), e o Tzolkin, baseado na Lua (Ixchel).
O Haab
O Haab era o calendário que media o Tun, o ano. Dividiam o giro da Terra ao redor do Sol em 18 Uinales (meses) de
20 dias (1 Uinal = 20 Kines), totalizando 360 dias e um mês adicional de 5 dias, o Uayeb. Assim totalizavam os 365
dias do ano solar. O cinco dias que compunham o Uayeb eram considerados dias nefastos.
Nomenclaturas e Significados
Kin = Dia
Unial = Mês (20 Kines)
Uayeb = Mês (5 Kines)
Tun = Ano (18 Uinales)
Katun = 20 Tunes (7200 Kines)
Baktun = 20 Katunes (144000 Kines)
A data era representada por um conjunto de 5 elementos. Exemplo: 7.9.14.12.18
Esta data significava ...
7 baktun, 9 katun, 14 tun, 12 unial e 18 kin.
O kin, o tun e o katun eram numerados de 0 a 19, o unial de 0 a 17 e o baktun de 1 a 13.
A data do exemplo representa o dia n. 1078098
18 + 12 x 20 + 14 x 18 x 20 + 9 x 20 x 18 x 20 + 7 x 20 x 20 x 18 x 20 = 1078098.
Um ciclo dura 1872000 dias, isto é 5125 anos (1872000 = 13 x 144000).
A energia
Para os Maias, a energia se move desde o centro da Galáxia para Alcion, nas Plêiades e desde ali para o nosso Sol,
que a irradiará para todo o sistema solar. A Lua, Vênus, Marte, Mercúrio principalmente e os outros planetas
refletem para a Terra esta energia. A quantidade que refletem depende da localização deles na suas órbitas em redor
do Sol e da posição do nosso planeta. Esta energia regula desde as marés até as fases de crescimento de todas as
coisas em nosso planeta. Ela é aceita por todos os povos como a força vital. Parcelso a chamou de Evestrum, os
Egipicios a chamaram de Kal, os Gregos de Pneuma, os Hebreus de Ruan, os Hindus de Prana, os Japoneses de Ki, os
Chineses de Chi e os Maias de Puah.
O Tzolkin
Tzol significa contar, Kin significa dia, portanto o Tzolkin é um instrumento para contar os dias. Um calendário
de 260 dias, 13 vezes 20 dias. No corpo existem 13 pontos de poder, nas articulações principais. Um no pescoço,
dois nos ombros, dois nos cotovelos, dois nos pulsos, dois nos quadris, dois nos joelhos e dois nos tornozelos.
Existem 13 Baktunes ou períodos de 400 anos (tunes) num ciclo Maia de 5.125 Tunes entre um raio sincronizador e
outro. Treze multiplicado por quatro dá 52, uma fração do grande ciclo Maia de 5.125 tunes. 13 é o número da
proporção cósmica, a chave interdimensional.
O Tzolkin pode ser visto de duas maneira.
Como um conjunto de rodas calendáricas ou como uma matriz. Duas rodas que giram em velocidades diferentes. Uma
designa os dias como um número de 1 a 13 e a outra com um dos 20 glifos sagrados. Estas rodas giram eternamente
em combinação com a roda de 365 posições do Haab, que marca em que mês está cada dia já designado pelas outras
duas rodas. Coordenavam o giros dos dois calendários a cada 52 anos quando a posição inicial das rodas dos dois
calendários coincidia. Uma proporção dos 5.125 tunes que dura o aparecimento do raio sincronizador da Galáxia. A
cada 52 anos, ou seja, a cada 18.980 kines eram realizados 13 dias de festas durante os quais era comemorada a
descida do céu do fogo novo e a saída do Sol. Estes 13 dias sincronizavam a duração do ano solar de 365,25 dias
no ano do Haab de 365 kines. Isto é, 52,25 nos dá os 13 dias que eles festejavam a cada 52 anos.
No calendário gregoriano que utilizamos, este ajuste é feito a cada 4 anos pela adição de um dia ao mês de
fevereiro, o que deu origem ao anos bissextos.
Para os Maias, o ser humano só completava o seu desenvolvimento ao atingir a idade de 52 anos.
A seguir apresentamos os 20 kines e seus correspondentes glifos sagrados
1 | IMIX |  |  |
2 | IK |  |  |
3 | AKBAL |  |  |
4 | KAN |  |  |
5 | CHICHAN |  |  |
6 | CIMI |  |  |
7 | MANIK |  |  |
8 | LAMAT |  |  |
9 | MULUC |  |  |
10 | OC |  |  |
11 | CHEN |  |  |
12 | EB |  |  |
13 | BEN |  |  |
14 | IX |  |  |
15 | MEN |  |  |
16 | CIB |  |  |
17 | CABAN |  |  |
18 | ETZNAB |  |  |
19 | CAUAC |  |  |
20 | AHAU |  |  |
Os 18 uinales
POOP
UOO
ZIP
ZODZ
TZEC
XUL
YAAXKIN
MOL
CHUEN
YAAX
ZAC
CEH
MAC
KANKIN
MUAN
PAX
KAYAB
CUMKU
UAYEB
A Matriz do Tzolkin
A matriz é composta por 20 colunas, representadas por cada um dos 20 dias do mês e seus correspondentes
glifos sagrados, e 13 níveis (linhas), representadas por 13 números Maias. A partir do primeiro nível e
da primeira coluna, são inseridos, horizontalmente, uma sequência de 13 números. A sequência é então repetida
a partir da décima-quarta posição, se deslocando da esquerda para a direita e de cima para baixo até completar
um total de 20 repetições da série numérica.
01 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 01 02 03 04 05 06 07
02 08 09 10 11 12 13 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 01
03 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 01 02 03 04 05 06 07 08
04 09 10 11 12 13 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 01 02
05 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 01 02 03 04 05 06 07 08 09
06 10 11 12 13 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 01 02 03
07 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
08 11 12 13 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 01 02 03 04
09 05 06 07 08 09 10 11 12 13 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11
10 12 13 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 01 02 03 04 05
11 06 07 08 09 10 11 12 13 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
12 13 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 01 02 03 04 05 06
13 07 08 09 10 11 12 13 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13
....01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Os Maias descobriram que pela posição dos planetas no sistema solar, há
alguns dias em que se recebe mais energia na Terra, facilitando os processos
de tomada de consciência, crescimento interior e sincronismo com o Universo.
52 dias dos 260 que formam o calendário do Tzolkin são portais energéticos.
Dias que vibram de maneira especial pela energia que se recebe simultanêamente
de todo o Universo. A marcação destes dias na matriz gera uma forma simétrica
refletida sobre uma linha central, o sétimo nível da matriz. Eles a chamavam
de coluna mística.
01 xx 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 01 02 03 04 05 06 xx
02 08 xx 10 11 12 13 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 xx 01
03 02 03 xx 05 06 07 08 09 10 xx xx 13 01 02 03 04 05 xx 07 08
04 09 10 11 xx 13 01 02 03 xx 05 06 xx 08 09 10 11 xx 13 01 02
05 03 04 05 06 xx 08 09 xx 11 12 13 01 xx 03 04 xx 06 07 08 09
06 10 11 12 13 01 xx xx xx xx xx xx xx xx xx xx 12 13 01 02 03
07 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
08 11 12 13 01 02 xx xx xx xx xx xx xx xx xx xx 13 01 02 03 04
09 05 06 07 08 xx 10 11 xx 13 01 02 03 xx 05 06 xx 08 09 10 11
10 12 13 01 xx 03 04 05 06 xx 08 09 xx 11 12 13 01 xx 03 04 05
11 06 07 xx 09 10 11 12 13 01 xx xx 04 05 06 07 08 09 xx 11 12
12 13 xx 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 01 02 03 04 xx 06
13 xx 08 09 10 11 12 13 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 xx
....01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Na parte superior encontra-se a onda positiva que todos os seres recebem de
Hunab-Kú. O giro do furacão que irradia para fora uma energia indescritível
desde o ponto central. Na parte inferior encontra-se a representação da onda
negativa, o giro contrário do furacão, que atrai para dentro uma enorme
quantidade de energia para o ponto central no coração da Galáxia.
Hunab-Kú, no centro da Galáxia, pulsa energia e informação no sentido horário
e anti-horário simultaneamente. O coração da Galáxia emite uma série contínua
de sinais, que nós chamamos de rádio emissões. Estes sinais sincronizam todos
os seres vivos do Universo e encontram-se codificados de uma maneira muito
simples, para que todos os seres possam coordenar-se harmonicamente ao
utilizá-los.
Os Maias codificaram estas frequencias de luz, informação e energia na matriz
do Tzolkin. Uma matriz matematicamente muito simples que permite acomodar
todas as combinações harmônicas possíveis. É uma tabela periódica de
frequencias galácticas.
Somando-se, a partir da coluna mística, o número das linha na parte superior e
o seu correspondente na parte inferior teremos sempre o número 14 como resultado.
(6 + 8 = 14, 5 + 9 = 14, ... 1 + 13 = 14). A soma de todos os níveis da matriz
dá 91 (1 + 2 + 3 + 4 +...+ 12 + 13 = 91) que corresponde ao número de dias que
tem cada uma das 4 estações climática do ano. Também é igual 13, número mágico
Maia, multiplicado por 7 (13 x 7 = 91).
A soma dos quatro números nas extremidades no retângulo externo na matriz do
Tzolkin resultará em 1 + 7 + 7 + 13 = 28. O próximo retângulo interno ao
primeiro também resulta em 9 + 13 + 1 + 5 = 28. Isto se repete até o retângulo
mais interno formado pelos número 2 + 11 + 3 + 12 = 28. Isso acontecerá sempre
com as extremidades do retângulo avaliado.
13 lunações se sucedem em um ano. A Lua dá 13 giros em volta da Terra enquanto
esta dá 1 volta ao redor do Sol. 13 ciclos de 28 dia completam 364 dias e que
adicionados a um dia de purificação, para receber o ano novo, completam os
365 dias do ano. A Lua gira 90 graus a cada semana (7 dias). Cada dia
corresponde a um deslocamento de 13 graus. A cada 28 dias um giro completo de
360 graus. Devido a órbita da Lua ao redor da Terra, que se desloca ao redor
do Sol, ser elíptica e muito excêntrica, seu giro sinódico dura 29 dias e 12
horas.
Por desejo do Imperador Romano Julio César e do Papa Gregório 13, a medida do
tempo foi modificada. O ano foi dividido em 12 meses desiguais, com diferentes
números de dias. Perdeu-se um mês, uma lunação completa, que ficou
repartida em pequenas cotas nos outros meses do ano, e com ela perdemos a
sincronia com a natureza, com o Sistema Solar. Passamos a medir o tempo
mecanicamente, sem nenhuma relação com os ciclos naturais do planeta, da Lua
e do Sol. O ser humano de hoje vê o Universo como um relógio, uma máquina
insensível.
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