Introdução
O objetivo desta apresentação é tornar o assunto o mais claro possível. Como a complexidade é um fator natural
neste assunto, então, os textos e as imagens foram selecionadas para uma abordagem em um formato tão simples
quanto possível sem perder, no entanto, a clareza que permita a total compreensão, deixando de lado tudo o que
não colabora para o objetivo. Os Átomos Um átomo é a menor porção em que pode ser dividido um elemento químico mantendo ainda as suas propriedades. Os átomos são os componentes básicos das moléculas e da matéria comum. São compostos por partículas subatômicas sendo que as mais conhecidas são os prótons, nêutrons e elétrons. Átomo de Hélio![]() A seguir é apresentada a tabela periódica onde os elemetos químicos estão classificados segundo às suas características. Tabela periódica![]() As Moléculas As moléculas são, por sua vêz, um conjunto elétricamente neutro de dois ou mais átomos unidos por pares compartilhados de elétrons (ligações covalentes) que se comportam como uma única partícula. Molécula de água![]() Moléculas orgânicas
Molécula orgânica é um agrupamento de átomos encontrado em seres vivos que é, necessariamente, composta pelo
elemento C (carbono) em combinação com outros elementos.
Pode-se observar que todas estas moléculas são compostas por átomos de Carbono, Oxigênio, Hidrogênio e Nitrogênio. Elas compõem a base de uma molécula complexa denominada Ácido Desoxirribonucléico. A Célula Todo organismo vivo é composto por uma quantidade muito grande de células. As células possuem em seu interior um núcleo onde são encontrados os cromossomos. ![]() Os cromossomos A quantidade de cromossomos existentes no interior de uma célula depende de qual espécie a célula examinada pertence. Para a espécie humana existem 46 cromossomos. Outras espécies exibem diferentes quantidades de cromossomos nas suas células. Um mosquito possui apenas seis, as carpas possuem cento e quatro e a cebola possui dezesseis. Estudos morfológicos dos cromossomos mostrou que há dois exemplares idênticos de cada em cada célula diplóide. No interior do núcleo das células ele são agrupados em pares, de forma que, a espécie humana possui 23 pares de cromossomos. Estes são nunerados de 1 a 22. O par 23 é composto pelos cromossomos sexuais. Neste par podem existir dois cromossomos X (sexo feminino) ou um cromossomo X e um Y (sexo masculino). Cariótipo (conjunto cromossômico) feminino humano![]()
Os cromossomos são compostos básicamente por uma macro molécula, o Ácido Desoxirribonucléico que nada mais é
do que o tão falado DNA, associada a proteinas. A molécula de DNA se enrola em torno de proteinas denominada
Histonas resultando na forma final do
cromossomo
. DNA
No DNA, os "montantes" são contituidos pelas móleculas referentes ao açucar e grupo fosfato e estão representados
na figura acima como um par de fitas. Os "degraus" são constituidos pelas bases nitrogenadas.
Uma outra representação de um segmento de DNA
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Purina | Pirimidina |
A combinação das moléculas de purina e pirimidina com átomos de hidrogênio e oxigênio dão origiem às bases nitrogenadas que podem assumir as seguintes configurações:
A adenina (A) e a guanina (G) acima indicadas são ácidos nucléicos derivados da purina. A partir da pirimidina são produzidos outros ácidos nucléicos que recebem a denominação de citosina (C), timina (T) e uracila (U) como abaixo indicado.
Existe um dado fundamental no mecanismo de funcionamento do DNA que é o fato de que as bases A e T se atraem mutuamente, da mesma forma que C e G. Elas obedecem rigorosamente à regra de que só podem se unir destas duas maneiras: A se liga a T e G se liga a C. Não pode existir no DNA um par de bases formado de adenina e citosina ou de timina e guanina, por exemplo. A ordem particular em que as bases se alinham ao longo da cadeia de açúcar e fosfato é chamada a seqüência nucleotídica do DNA. Essa seqüência é característica para cada organismo e encerra milhões de sinais que a célula consegue interpretar como instruções para a fabricação de proteínas.
O corpo humano conta com 20 aminoácidos diferentes (veja página sobre o Tzolkin), que se unem em diferentes
seqüências, para constituir as diferentes proteínas necessárias à sua estrutura e funcionamento. O organismo
humano pode sintetizar milhares de diferentes proteínas.
A instrução para que as células sintetizem uma proteína específica é dada por um segmento da cadeia de DNA
contendo uma seqüência específica de bases. Isso é o que constitui o gene.
Na linguagem química do código genético, um gene funciona como uma "sentença", cujo alfabeto usa as letras A, C, G e T referentes às quatro bases. Cada conjunto de 3 bases (códon), na seqüência ao longo da "escada" do DNA, seriam as "palavras" (o DNA seria o "texto"), as quais sinalizam às células um determinado aminoácido a ser usado na síntese da proteína. Por exemplo, a seqüência de bases ATG codifica o aminoácido metionina. Um fragmento do DNA com a seqüência GAGATGGCA codifica uma seqüência de três aminoácidos, que são, respectivamente, ácido glutâmico, metionina e alanina.
Desvendar o seqüenciamento das bases dentro do DNA, para cada organismo, é desvendar o seu código genético, o "segredo" de sua formação e de seu funcionamento, pois o DNA é o "manual de instruções" usado pela célula.
Consiste em dividir os cromossomos em fragmentos menores que possam ser propagados e caracterizados para depois
ordená-los de forma a corresponderem a suas respectivas posições nos cromossomos.
Depois de completo o mapeamento, a etapa seguinte é determinar a seqüência das bases de cada um dos fragmentos
de DNA já ordenados. O objetivo é descobrir todos os genes na seqüência do DNA e desenvolver meios de usar esta
informação para estudo da biologia e da medicina.
Um mapa genômico descreve a ordem dos genes ou de outros marcadores e o espaçamento entre eles, em cada cromossomo.
Existem mapas de baixa resolução, como os mapas de associações genéticas, que indicam as posições relativas dos
marcadores de DNA (genes e outras seqüências identificáveis de DNA) através de seus padrões de hereditariedade.
Existem também os mapas físicos, que descrevem as características químicas da própria molécula de DNA. Um nível
maior de resolução é obtido associando-se os genes a cromossomos específicos.
Cada fita do DNA é duplicada formando uma fita híbrida, isto é, a fita original (metade do DNA) pareia com a fita nova formando um novo DNA. De uma única molécula de DNA formam-se duas iguais a molécula original. Cada DNA recém formado possui uma das cadeias da molécula mãe, por isso o nome semi-conservativa.
A molécula do DNA é seccionada ao meio, por ação de uma enzima denominada DNA polimerase. Ao mesmo tempo que o DNA polimerase vai abrindo a molécula de DNA outra enzima, denominada DNA ligase, vai ligando novos nucleotídeos que se pareiam com os nucleotídeos da molécula mãe.
As proteínas são sintetizadas pela célula a partir de indormações obtidas do DNA. Para que isto ocorra, partes do
DNA são copiadas para uma molécula denominada RNA mensageiro. Este passa a atuar então como modelo para a produção
das proteínas. Essas proteínas são traduzidas de acordo com a sequência de bases no RNA mensageiro, adicionando
aminoácidos à proteína, um a um. Esses aminoácidos são alinhados sobre o RNA mensageiro. O transporte de um
determinado aminoácido para uma sequência específica no RNA mensageiro é auxiliada pelo RNA transportador.
A composição do RNA (ácido ribonucleico) é semelhante a composição do DNA. O RNA é constituído por uma pentose
(Ribose), por um grupo fosfato e uma base azotada que pode ser adenina (A), guanina (G), citosina (C) e Uracila
(U).
A divisão celular ocorre através de dois processos. A mitose e a meiose
A mitose produz células filhas idênticas à célula-mãe. Cada célula filha contém exatamente o mesmo número de
cromossomos da célula mãe. Durante este processo, antes da divisão propriamente dita, a célula mãe produz uma
duplicação dos seus cromossomos, isto é, cada um dos seus 23 cromossomos é duplicado. Isto resulta em quatro
conjuntos completos de cromossomos. Com a divisão da célula mãe, cada celula filha recebe então dois conjuntos
completos de 23 cromossomos. Estas células, com dois conjuntos completos de cromossomos, recebem o nome de células
diplóides.
Esse processo ocorre durante o crescimento de um indivíduo e nos processos de regeneração. Constitui também a
base de alguns processos de reprodução assexuada.
Neste processo ocorre a divisão reducional. Células filhas são produzidas com a metade dos cromossomos da célula-mãe, ou seja, cada célula filha possui apenas um conjunto completo de 23 cromossomos. As células com esta característica são denominadas células haplóides. O processo é iniciado com uma célula diplóide que copia seus cromossomos e se divide similarmente ao processo de mitose. Na sequência, as duas células filhas resultantes da primeira divisão voltam a se dividir mas sem que ocorra a prévia duplicação dos cromossomos. Daí resultam as células com apenas 23 cromossomos. Através deste processo ocorre na formação de gametas.
Os gametas são células sexuais altamente especializadas e que possuem metade do número normal de cromossomos. Estas células germinativas são produzidas por um processo denominado gametogênese. Nos homens, uma sequência de eventos, denomidada espermatogênese, transforma as células germinativas primitivas (espermatogônias) em espermatozóides. Nas mulheres, a ovogênese produz uma série de eventos que transforma as ovogônias em óvulos maduros.
Observe que nos dois diagramas acima aparecem a indicação "n" e "2n" que representam respectivamente "a metade de um conjunto cromossômico completo", isto é, um grupo de 23 cromossomos, e um "um conjunto completo" que contem um grupo com 23 pares de cromossomos. Observe também que como resultante do processo de espermatogêne são produzidos espermatozóides que possuem apenas 23 cromossomos (n). Da mesma forma o processo de ovogênese também produz óvulos com 23 cromossomos. Outro ponto a ser observado é que metade dos espermatozóides produzidos possuem, no seu conjunto cromossômico, um cromossomo X e a outra metade um cromossomo Y. Os óvulos sempre possuem um cromossomo X.
Na fecundação, os 23 cromossomos da célula sexual masculina (espermatozóide) se reune com os 23 cromossomos da
célula sexual feminina (óvulo) resultando em uma célula diplóide contendo 23 pares de cromossomos. Esta célula
recebe a denominação de zigoto. Se o conjunto cromossômico do espermatozóide responsável pela fecundação
do óvulo possui um cromossomo Y, então o conjunto cromossômico final do zigoto possuirá um par de cromossomos
XY que dará origem a um bebê do sexo masculino. Caso contrário, o bebê será do sexo feminino (par de cromossomos
XX).
A partir desta célula inicial (zigoto), por meio da mitose, são geradas todas as outras células que irão produzir
um novo ser.